Recordações de um passado
A mochila
parecia estar cheia de chumbo. Pesada! Minhas pernas pediam para parar, mas não
estava tão longe o acampamento. Tirei meu chapéu de três bicos e passei um
lenço no rosto. O suor do escoteiro não o deixava desistir. Ao longe avistei uma
bela Acácia. Enorme, florida, flores amarelas. Davam um colorido especial ao
lugar. Embaixo uma sombra que dizia – Vem cá escoteiro! Descanse aqui! Porque
não? Pensei. Deitei, olhei para o céu, o sol estava se pondo, lembrei que um
dia disseram-me – Vermelho ao sol por, delicia do pastor.
Dormi um
sono lindo. Acordei com trovões, relâmpagos, uma chuva torrencial. Tirei minha
capa e me enrosquei com ela e a Acácia. Dormi de novo. Acordei pela manhã com
um lindo sol brilhando, o corpo coberto com as flores amarelas da Acácia. Canários
Belgas cantando sobre a minha cabeça. Nas campinas ali perto as borboletas
coloridas brincavam de esconde-esconde. O riacho ao lado cantava canções de
ninar.
Vamos
escoteiro, pé na taboa, afinal esperam você lá ao longe, não era seu destino? E
olhe já avisto o acampamento! Isso mesmo. Bandeiras ao vento! Aperte o chapéu. Brisa
no rosto, aquele sorriso e vamos encontrar com nossos irmãos escoteiros!
Lá ao
longe, muito distante,
Fica o
campo aonde eu vou.
Paisagem
bela, e deslumbrante
Onde a
tropa já avistou!
Vim da
cidade, vida agitada,
Agora
quero é descansar!
Vou para
longe, muito longe ao pé da serra,
Com a
tropa, acampar!
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