Conversa
ao pé do fogo.
O
Senhor do Tempo.
O tempo
vai passando. É mais que o relógio que marca as horas
paulatinamente em nossas vidas. Algumas vezes ele deixa marcas, tristezas e
alegrias, outras não. Marcas que ficam perdidas e gravadas na memória e até em
nosso próprio modo de viver. Seria possível medir o tempo? Dizem que ele passa
tão rápido que nem percebemos. Foi ele quem levou muitos amigos que me
acompanhavam nas jornadas dos meus contos e se foram. Sinto falta deles. Por
onde andam? São explicações que a gente não pode saber, pois o escotismo hoje
talvez não seja mais o mesmo que antes. Nada se perde tudo se transforma. Uns
vão outros chegam. Sempre amigos chegando e há me fazer bem. Escotismo é assim,
não foi um Escoteiro quem nos disse que uns tem e não podem outros podem e não
tem? Muitos sonhos que não se realizaram e outros que trouxeram a esperança de
dias melhores. As fantasias foram esquecidas no fundo do “bornal”. O tempo não
perdoa. Não dá mais para fechar os olhos e ver o último grão de areia da ampulheta
sumir na estrada do tempo.
Todos os anos que aqui vivi como um pseudo escritor
aprendiz, eu aprendi a agradecer e dar um viva por chegar tão longe e com
tantos amigos. Quanto tempo mais? Não sei e não importa. Não vou deixar de
aproveitar a cada minuto ou segundo para falar das flores, dos bosques, da lua
e das estrelas. Já não posso mais beber meu chope, meu uísque e até esqueci
como eram deliciosos antes da passagem do tempo. Em uma passagem bíblica eu li
um dia: - Tudo tem o seu tempo determinado e há tempo para todo propósito debaixo
do céu. Tempo de nascer e tempo de morrer. Tempo de chorar e tempo de rir.
Tempo de abraçar e tempo de afastar-se. Tempo de amar e tempo de aborrecer.
Tempo de guerra e tempo de paz...
Um célebre físico poeta disse que o homem que tem
coragem de desperdiçar uma hora do seu tempo não descobriu o valor da vida.
Hoje passado anos cercado de amigos que nunca vi que nunca apertei a mão sinto
dentro de mim uma alegria uma paz que me faz bem. Saber que tantos ainda estão a
ler e dizer que gostam dos meus contos gostam das minhas histórias me traz uma
felicidade imensa que não quero perder. Vez ou outra nos falamos por escrita
com um ou outro. Todos impossível. Quantos são? Dez mil? Quinze mil em minhas
três páginas? E nos grupos que construí? Vinte mil? Tanto assim? Infelizmente
só posso agradecer a todos que me prestigiam. Não vou negar que eu tenho por
todos eles enorme admiração e que saibam o quanto me fazem bem. A cada um que curte
que comenta ou mesmo aqueles que gostam e compartilham eu agradeço. Que Deus
que sabe o que faz eu agradeço por me dar tantos amigos. Obrigado. Que honra em
saber que ainda estão comigo me fazendo feliz.
Eu sei que não se pode medir o tempo. Seria impossível
imaginar que quando nascemos alguém virou a ampulheta e nossa vida começou ali
a escorrer em um pequeno orifício de uma âmbula a outra. Grãos de areia a cair
como se fosse os últimos anos do resto de nossas vidas. Vai chegar a hora que a
ampulheta vai ficar vazia. É só dar tempo ao tempo. Nesta hora iremos recordar
nossos sonhos de criança, o chegar à puberdade, o primeiro amor, a descoberta
dos sonhos. Tempo em pensar que o mundo seria fácil para alcançar. E chega a
velhice e vemos que nem tudo deu certo, que não a conseguimos realizar todos os
sonhos, o poder a riqueza, o ser feliz para sempre. É nesta hora que chegamos à
conclusão que alguns dos nossos sonhos ficaram para trás.
Mas não importa, pois o tempo passa. Não adianta
preocupar se o relógio marca as horas e não para. Algumas vezes este tempo
deixa marcas, tristezas e alegrias. Marcas que ficam gravadas na memória e até
mesmo muda nosso modo de viver. Dizem que é impossível medir o tempo. O Monge
de Chartres de nome Luitprand que viveu no século VIII dizem os historiadores
foi o criador da Ampulheta do tempo. Para mim uma das maiores invenções da
humanidade. Mostra o quão somos pequenos neste universo. Uma vez tive uma.
Ficava na mesa e eu ficava olhando-a virada e vendo a areia cair calmamente
grão por grão e pensava: - Seria assim o contar do tempo da vida de cada um?
Esvaindo aos poucos o que nos resta nesta terra abençoada? Francamente não
importa. Que o tempo venha que fique que siga seu caminho e se vai nos levar
junto é uma rotina que não podemos fugir.
Medir o tempo não basta para duvidar que somos
aquele grão de areia a cair até que o último grão caia encerrando o ciclo da
vida. Devemos ter a certeza que podemos ser felizes se esquecermos de que a
ampulheta mesmo real não passa de um sonho. Finalmente vou terminando com meu
muito obrigado. A você que me lê, a você que curte a você que comenta ou mesmo você
que achou que outros deveriam conhecer o que escrevi compartilhando. A rotina do
tempo não para. Enquanto viver esperarei até o ultimo momento, o ultimo grão
terminar dizendo que meu tempo acabou. Enquanto isto desejo a todos que sejam
felizes. Que os anos sejam belos, que os sonhos mesmo não realizados valeram e
que a vida ainda vale a pena viver. Meu abraço fraterno, um beijo suave simples
de um Escoteiro e meu desejo que a felicidade esteja presente no coração de todos
vocês! Sempre Alerta!
E aproveito esta minha postagem para dizer: Boa noite!
Indo dormir mais cedo.
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