Eu,
ela e o sonho de uma noite de inverno.
Fim da
reunião. Melhor possível, Sempre Alerta e todos se foram. Fiquei para dar uma
última olhada na sede. Ruth estava lá chorando. – Não disse nada e ela me olhou
com os olhos rasos d’água. – Chefe, não dá mais. Não consigo pensar viver sem
ele, mas com ele nem sei se poderei viver. – Pensei comigo: - O amor é a única
loucura de um sábio e a única sabedoria de um tolo. – O que dizer para ela? Eu
sabia que para os erros, há perdão. Para os fracassos chance. Para os amores
impossíveis, tempo. Olhei nos seus olhos negros e nada disse. – Ela se levantou
dizendo que ia partir. Pensei em dizer alguma coisa, dizer que não deixasse que
a saudade a sufoque, que a rotina acomode e que o medo lhe impeça de tentar...
Eu não era um sábio, nunca tinha certeza de nada. A sabedoria eu sabia começava
com a dúvida. Pensei em lhe dar um abraço. Sabia que tem palavras que chegam
com um abraço... E tem abraços que não precisam de palavras. Não fiz nada
disto. Ela partiu com o coração em prantos. Eu fiquei ali ruminando e a chamei
sem esperança. Ela olhou para traz. – Ruth lute pelo que acredita, se nada
mudar, invente, e quando mudar entenda. Se ficar difícil não desista, e quando
ficar fácil agradeça. Se a tristeza rondar, alegre-se, e quando ficar alegre,
contagie. E quando recomeçar acredite, você pode tudo. Tudo é possivel pelo
amor e pela fé que você tem em Deus! – Ela não disse nada e partiu acenando seu
último Adeus...
Retornando.
Calmamente. Agradecendo pelos que se preocuparam comigo. O mundo precisa de
gente que se preocupa com o próximo. Eu ainda luto com meu pulmão. Ele sabe
disto. Afinal ainda não cheguei lá, mas estou mais perto do que ontem. Amanhã novos
contos, artigos e rever amigos que aqui deixei. Até mais!
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