No mundo dos sonhos com as fábulas escoteiras

No mundo dos sonhos com as fábulas escoteiras
A aventura está apenas começando

segunda-feira, 28 de março de 2016

“Juvenal”.


“Juvenal”.

                    Era bom ser da turma. Foi bem recebido e mesmo olhado como um principiante ele sabia que um dia seria como todos eles. Disseram que era o sexto Escoteiro, o penúltimo da fila na frente do Submonitor. Não entendia porque o segundo mandante da patrulha era o último. Disseram que depois da Promessa teria um cargo importante. Sabia que iria demorar ser um monitor ou sub. Almoxarife ele tinha que aprender muito. Cozinheiro nem pensar. Quem sabe bombeiro ou lenhador. Construtor de Pioneiras nem sabia o que era. Socorrista também não. Se aprendesse poderia ser um escriba. Ele escrevia bem e tirou dez várias vezes em redação. Quando soube que ia haver um acampamento vibrou. Já tinha ouvido falar. Campo de patrulha como sua casa, comida mateira, pioneirías, jogos que duravam o dia inteiro. Ficou sabendo do Fogo de Conselho. Sonhava com ele dia e noite.

                     Pediu ao monitor para fazer o Pórtico da Patrulha. O Monitor educado disse que sim. Seu Chefe tinha dito que deveria dar liberdade só assim eles aprenderiam a fazer fazendo. Foi à biblioteca, pesquisou na internet, desenhou, aprendeu com dois pedaços de eucaliptos a amarra Quadrada, a Diagonal, a paralela e a Tripé. Juntou vários gravetos e aprendeu dois tipos de costura de arremate. Um Escoteiro antigo de outra patrulha lhe disse para levar uma luva. Ela seria primordial para acochar e dar o nó final se não os calos iriam aparecer. “Melhor duas, pois irá usar a pá, e se a patrulha tivesse uma picareta dobrável precisaria de mesmo de duas luvas”. Custava caro, mas ele comprou. Iria usar também um Sacho duas pontas, mas achou que só tinham uma cavadeira articulada. Tudo bem, melhor que nada.


                     Planos a pleno vapor. Desenhou. Procurou seu tio engenheiro. Fizeram juntos vários croquis de como seria. No dia do acampamento seu pai lhe disse que a família ia para a Fazenda do seu Avó em Xapuri. Ele lembrou quando lá esteve na ultima vez. Das viagens de barco no Rio Acre, dos grandes felinos que via na foz do rio Grande, das onças, dos lobos, da Águia que morava na Serra do Roncador. Não se esqueceu da lua cheia que parecia cair no terreiro da casa sede da fazenda. Lembrou-se dos Búfalos que seu Avô criava. Lembrou-se do Apaiari e do Cachara que pescou com Seu Leonel o Administrador da fazenda. Lembrou-se do Cavalo Andarilho seu amigo por todo o tempo que esteve lá. Da busca da Jiboia uma cobra gigante que ele viu na Margem do Rio Acurauá e pensou. O que fazer? Aonde ir? No Acampamento ou voltar na Fazenda do meu Avô? Ah! Juvenal. Difícil escolher. Eu mesmo não saberia aconselhar. Alguém pode ajudar o Juvenal? 

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