No mundo dos sonhos com as fábulas escoteiras

No mundo dos sonhos com as fábulas escoteiras
A aventura está apenas começando

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

“Nina”


“Nina”

                   Não foi Lobinha. Entrou por causa de Marly. No inicio adorava. Tinha sonhos, queria acampar, excursionar tudo aquilo que sua Avó Maninha lhe contou. Entregou-se de corpo e alma. Que o sol queimasse que a tempestade caísse dos céus. Se o frio era de rachar ela sorria. Seguiu a trilha que lhe ensinaram. O que fazia virou paixão. Um amor profundo aquela filosofia que amava. Dizia para si que seria escoteira para sempre. Queria fazer tudo, estar em todos os lugares, conquistar milhões de amigos. Sorria e chorava nos fogos de conselho. Seu pai morreu de câncer. Nunca pensou que isto iria doer tanto. O amava tal qual o escotismo, mas muito mais.

                    Chorou pelos cantos da casa dia e noite e não conseguia esquecer. Perguntou a Deus o que tinha feito para perder alguém que amava tanto. Não tinha resposta. Pensou em deixar o Movimento Escoteiro. Sem seu pai para contar suas aventuras, seus amores, suas dores, suas paixões pelo sol quando se despedia nas tardes quentes, ou quando abria a porta da barraca e ele entrava sem pedir agora não tinha mais o sabor do passado. Abriu um livro que estava na mesa. Nas primeiras páginas estava escrito: Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor. Se gritares, gritarás com amor. Se corrigires corrigirás com amor. Se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão teus frutos. Santo Agostinho.


            Olhou para o céu, sabia que seu pai aplaudia onde estivesse. Vestiu seu uniforme. Partiu rumo ao escotismo e seus amigos. A paz voltou a morar em seu coração. Ter fé é acreditar naquilo que você não vê. A recompensa por essa fé é ver aquilo em que você acredita!

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