Coração
Escoteiro.
Água gelada.
Riacho espumante. Pés descalços na água murmurante. Manoel ao meu lado me
perguntou sem eu esperar: - Chefe estou me sentindo muito mal por tudo que
aconteceu... Perdoa-me? – Assustei. Nunca ninguém me pediu perdão, afinal eu gosto de pessoas que admitem o erro, falam que estão
com saudade e deixam de lado o orgulho. Gosto de gente que sabe dar valor ao
que tem que faz por merecer e não finge ser o que não é. Não era o caso
de Manoel. Simplesmente me pediu para sair. Desistir. Achou que ali não era seu
lugar. – Chefe ontem eu era inteligente, queria mudar o mundo. Hoje eu sou
sábio, estou mudando a mim mesmo. Não consigo me perdoar por ter agido
desta maneira com você. Desculpe! – Lembrei-me de Veríssimo. - Para os
erros, há perdão. Para os fracassos, chance. Para os amores impossíveis, tempo.
Não deixe que a saudade sufoque que a rotina acomode, e que o medo impeça de
tentar. Não havia o que perdoar. Abracei Manoel. Admiro pessoas simples
de coração... Fortes, mas não arrogantes. Sinceras, mas não ofensivas.
Corajosas, mas não inconsequentes. Que cativem uma pessoa de forma pura. Que
sorriem com coração e que te olhem com carinho. – Meu Amigo Manoel, eu
desejo que seus dias sejam felizes, que suas noites sejam tranquilas e que não
lhe falte paz e amor. Seu coração Manoel é Escoteiro hoje, amanhã e
sempre!
Boa noite!
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